Estou aqui no sofá, deliciado, a ver um dos mais trapalhões ministros do anterior governo, Mário Lino, a dar um baile incrível aos senhores deputados da oposição.
Estou aqui no sofá, deliciado, a ver um dos mais trapalhões ministros do anterior governo, Mário Lino, a dar um baile incrível aos senhores deputados da oposição.
Qual Ulisses à entrada no mar das sereias, pedi aos marinheiros cá de casa que me atassem ao sofá, para me arriscar a ver o "telejornal" de 6ª da TVI. Claro que o herói de Ítaca se atou para não ser atraído pelas sereias para o fundo do mar. Eu deixei-me atar para não fugir ao "fedor" que sai da boca da Manuela Moura Guedes.
Quando acabou o dito jornal, e os marinheiros se aproximaram, estava pior que o manhoso da Odisseia: vergões por todo o corpo, um braço semi-arrancado, um olho fora das órbitas, o cabelo todo branco e outras lesões do foro mental que só o futuro dirá se terão remédio.
A pestilência, o ódio, a merda, o ranço e o podre superaram tudo o imaginável.
Arrastamo-nos e afundamo-nos cada vez mais nos lodaçais mal cheirosos e peganhentos. A justiça é manipulada pela comunicação social e pelos grupos de interesses que estão por detrás deles.
Hoje atingimos a subterrâniedade máxima: o "Jornal" Público e o seu inenarrável director, arrastaram, pelas ruas, à frente da populaça, o cadáver de um homem. Como nos tempos da Inquisição - perdão do Tribunal do Santo Ofício -, como em Mogadíscio foram arrastados os cadáveres dos soldados americanos. O gozo era tão evidente que escorria da primeira página do "jornal" da SONAE a baba viscosa do carrasco. A TVI, a beata, berrava, com a lascívia dos diáconos, que o Procurador Geral da República era um mentiroso. Só porque este, timidamente, tinha atirado uma pequena bóia para o meio do pantanal.
Aqui, como em todo o lado, ser ou não ser eis a questão!