Agora que os professores estão sozinhos a decidir se entregam ou não os seus objectivos individuais, onde param os sindicatos? Agora que têm nas suas mãos notificações - objectivas e fotocopiáveis - dos Conselhos Executivos a ameaçá-los com as sanções de leis, regulamentos e quejandos, onde pára o Sr. Mário Nogueira?
Quando, após a grande primeira manifestação de professores, bastava um sopro para atirar borda fora a mais ridícula equipa que alguma vez se aninhou na 5 de Outubro, desapareceram também. O PCP não queria que a ministra caísse. Queria-a em difícil, exposto e frágil equilíbrio. A sua substituição poderia trazer alguém que alterasse as políticas educativas e assim estragar o espectáculo de um cadáver político que rende votos. Passados alguns meses, como o dito féretro parecia renascer das cinzas, nova grande jornada de rua para o remeter ao seu papel de morto pestilento.
Agora, não se percebe porque se deixa um moribundo destroço impor uma versão simplex do odiado modelo de avaliação? Revoltar ainda mais os professores face à humilhação sofrida? Deixar que outras variantes - mais eficazes e que caminham por si - como o aumento brutal do desemprego e as teias do caso freeport, encaminhem os votos para a urna?
A maior traição acontece quando um general incentiva as suas tropas a lutar até à última batida do coração, e, sorrateiramente, se esgueira da frente da batalha.