Gritaria e mais gritaria no prós e contras de ontem à noite. Se era para esclarecer, foi tempo totalmente perdido.
Todo o povo contra Vital Moreira. Europa, qual Europa? Temos o Vital façamos a festa com ele. Este não se soube desenvencilhar da rede. Em vez de dizer que estava ali para defender as suas ideias para a Europa e para a integração de Portugal nesse mundo comunitário, engoliu o isco e pôs-se a defender as políticas deste governo em temas internos e sem qualquer relação com a Europa. Penso que poderia ter enveredado por um caminho de independência em relação ao governo, explicando que o que o move é a Europa, as políticas de integração e que uma coisa é o que o governo pensa, outra é o que uma equipa (obrigatoriamente diversa e transportando várias sensibilidades) para o parlamento europeu pensa.
Quanto ao Rangel, a mesma violência verbal de sempre e a mesma deselegância. Agarrou-se ao pescoço do Vital e não mais o largou.
A D. Figueiredo, nem vale a pena falar. A mesma cassete anacrónica, os mesmos mantras de sempre. Apenas a registar a troca dos operários pelos micro- empresários como destinatários principais da ladainha.
Nuno Melo, o charmoso, pretensamente descontraído, passou ao lado discussão.
O candidato do BE foi o que mais perdeu com a confusão pindérica da tentativa de linchamento ao doutor de Coimbra. O candidato com ideias mais claras sobre a Europa e as euronegociatas, não conseguiu entrar na discussão. Tentou várias vezes pôr um ponto de ordem à mesa mas com o Rangel e a Ilda isso seria sempre impossível.
Tirando a deputada Ilda Figueiredo, que é uma caricatura e que poderia ser substituída nestes debates com vantagens, por um ecrã de televisão com as suas intervenções, que seriam ligadas de vez em quando, os restantes candidatos até não são maus. Miguel Portas e Vital Moreira até são do melhor que se poderia encontrar. Só que juntos tornam-se maus.
Declaração de interesses: O meu voto a 7 de Junho irá, sem hesitações, para Miguel Portas!