Lá para os lados da oposição está tudo em pulgas para comentar o caso Freeport. Se não falam ainda acabam por explodir. O primeiro, tem pouco a perder, a pôr a boca no trombone foi o Bloco de Esquerda. Para dar a sensação que não fala do que fala, atirou-se aos PIN e ao licenciamento de há 7 anos. Com estoicidade aguentou-se e não falou de nepotismo. Era lindo Sócrates e os Borgia...
A Manuela tem medo. Medo do contrataque. É que o PS tem gente dentro do BPN e nunca se sabe o que para lá estará a fermentar. E ainda há as negociatas do City.
O Portas tem os submarinos e os sobreiro de Santo Estêvão. Estará calado que nem um pepino.
Mais inteligente, o PCP, vai dizendo que não fala no assunto e assiste deliciado ao lume brando que queima mais que o impetuoso maçarico dos sound byte. É a mesma estratégia da luta dos professores. Porque parou Nogueira a luta em 2008 depois da mega manifestação? Porque a ministra estava por um fio e cairia com o próximo sopro. Era preciso deixar arrastar a luta. O lume brando é a sua arma silenciosa. É e não é. Mata mas não se compromete.
Se o homem chegar a cadáver, então será o regabofe. Todos rasgarão os tecidos em decomposição repartindo os despojos a coice. Todos terão a ganhar.